sexta-feira, 10 de maio de 2013


A REFORMA E REGULAMENTAÇÃO DA GUARDA MUNICIPAL DE JEQUIÉ - BAHIA, CRIANDO A GUARDA CIVIL - CAPÍTULO IV


FONTE:  
A NOVA HISTÓRIA DE JEQUIÉ - 
LIVRO DO HISTORIADOR JEQUIEENSE - ÉMERSON PINTO DE ARAÚJO:


“(...) Na campanha sucessória do Estado voltou a dividir o PSD ao apresentar o nome do engenheiro José Pedreira de Freitas, em detrimento do candidato preferencial Tarcilo Vieira de Melo. Tal procedimento frustrou igualmente os partidários de Juraci Magalhães que lhe asseguraram a vitória no pleito anterior e contavam com o apoioamento à candidatura do seu líder. Em represália, a UDN costurou uma nova composição de forças com o PR e o PL, assegurando o triunfo de Juraci Magalhães. Tal acordo beneficiou indiretamente as pretensões de Lomanto Júnior, que voltou a candidatar-se ao cargo de prefeito de Jequié, apoiado por todas as agremiações partidárias, numa eleição tranqüila.

“Administrando Jequié pela segunda vez, Lomanto Júnior assumiu a Prefeitura a 7 de Abril de 1954 para um mandato de quatro anos. Dentre os empreendimntos levados a cabo na sua nova gestão, incluem-se pavimentações, construção de chafarizes, remodelação da rede escolar através de convênio com o Estado, e as solenidades comemorativas do cinqüentenário da cidade, com ampla divulgação em todo Estado, projetando-o como administrador de visão. Até 1959 era secretário da prefeitura o funcionário mais graduado do município, tendo tal situação desaparecido com a reforma administrativa realizada na segunda gestão Lomanto Júnior, quando foram criadas as diretorias de Administração, Fazenda, Educação e Cultura; Saúde e Assistência Social; Fomento e Abastecimento; Obras, Viação e Urbanismo; além da Procuradoria Municipal, Chefia de Gabinete, Serviço Municipal de Segurança e órgãos outros que descentralizaram a administração. Eleito presidente da Associação Brasileira de Municípios, Lomanto Júnior pôde tornar seu nome bastante conhecido em outras regiões do Brasil. A sua proveitosa administração à frente da citada entidade, aliada ao seu espírito de luta, fizeram convergir sobre a sua pessoa o apoio dos líderes políticos do interior, cansados com as decisões de cúpula,onde sequer eram ouvidos.”

“Empossado em Abril de 1959, Juracy Magalhães fixou diretrizes do seu governo ao criar o PLANDEB, disciplinando a máquina administrativa e gerando empregos através do desenvolvimento industrial do Estado, trazendo para a Bahia novos investimentos, ao atrair a vinda de capital oriundo do sul do País. Seu nome, inclusive, chegou a ser cogitado para concorrer a à Presidência da República pela legenda da UDN. A maioria do partido, liderada pelo deputado Carlos Lacerda, preferiu apoiar a candidatura de Jânio Quadros, um novo fenômeno eleitoral, que terminou saindo vitorioso sobre os seus contendores Henrique Teixeira Lott e Ademar de Barros. Juracy Magalhães, a princípio, pensou fazer Josafá Marinho seu sucessor. Às vésperas convenção da UDN, Lomanto Júnior, que desencadeara a campanha tendo como lema “o interior caminha para o governo”, mudou o rumo da sucessão ao trazer o apoio do PTB e do PR, tornando-se o candidato da UDN. Posteriormente, conseguiu as adesões dos autonomistas e da “Liga Eleitoral Católica” (LEC), esta última posicionando-se contra o candidato pessedista Waldir Pires, por considerá-lo ligado aos extremistas da esquerda. Vitorioso, Lomanto Júnior assumiou o Governo do Estado a 15 de Abril de 1963, tendo como vice-governador o pessedista Orlando Moscoso.”

“Ao renunciar ao cargo de prefeito de Jequié, a fim de concorrer ao Governo da Bahia, Lomanto Júnior tranferiu a direção da Comuna a Waldemar Dias Veiga, na condição de funcionário graduado mais antigo, uma vez que ainda não existia o cargo de vice-prefeito e os componentes da Mesa Diretiva da Câmara de Vereadores eram candidatos à reeleição e não pretendiam incompatibilizar-se. A eleição municipal assegurou a vitória do médico Daniel Andrade, que apoiado pela população humilde do município conseguiu derrotar seu contendores Milton Almeida Rabelo e Clóvis de Sousa Barreto. Data daí a introdução de charangas, batucadas e até mesmo trios elétricos nos comícios do candidato vitorioso, em substituição às filarmônicas, com o povo cantando e dançando, inclusive nos palanques, músicas enaltecendo as qualidades do candidato.”

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Alessandro Veloso
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